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Entrevista Katia Pereira - Ex-aluna Curso de Turismo (2012-2015) 3ª Parte
EPC: Sentiste a diferença em relação ao ensino profissional?
Katia: Sim, algumas. No primeiro ano estive um pouco desmotivada. Mas o nível de exigência foi subindo nos anos seguintes. Tinha outra ideia do ensino superior.
EPC: Três anos de licenciatura e tomaste mais uma decisão importante.
Katia: Verdade. Achava que não era suficiente e inscrevi-me no Mestrado. A Ordem também não nos permite exercer a profissão de Psicólogo/a sem Mestrado. Era quase obrigatório ter que continuar a estudar.
EPC: Tiveste que mudar novamente de universidade.
Katia: Sim, como em Viseu não havia Mestrados nesta área, decidi inscrever-me no Mestrado de Psicologia Clínica e da Saúde, no Instituto Piaget de Almada. Ter ido com algumas colegas foi importante na partilha das despesas de deslocação e no apoio que demos umas às outras.
EPC: E correu tudo bem?
Katia: Foram 2 anos bastante difíceis. Estávamos em 2019 e no início de 2020, surge o Covid e toda a novidade do ensino à distância.
EPC: Já terminaste?
Katia: Ainda não. Estou a concluir a dissertação. Está para breve.
EPC: Entretanto, surge a APSIZ?
Katia: Sim. Tive a oportunidade de conhecer a Carolina e a Catarina (sócias) durante um estágio curricular na APPDA (Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo), em Viseu. Surgiu o convite para integrar este projeto.
EPC: Em que consiste esse projeto?
Katia: É um gabinete que assume várias vertentes, desde já, acompanhamento psicológico e apoio ao estudo. Decidimos acrescentar outros serviços, com destaque para a medicina tradicional chinesa, acupuntura, acompanhamento nutricional, mindfulness ou coaching. Tem sido uma experiência bastante positiva, de aprendizagem contínua, de observação, uma vez que assumo funções de acompanhamento.
EPC: Perspetivas para o futuro?
Katia: Apresentar o quanto antes a minha dissertação de Mestrado, fazer o estágio para a Ordem e continuar a dedicar o meu tempo à APSIZ, amadurecendo os meus conhecimentos e a minha maneira de intervir clinicamente, com os pacientes.
EPC: Conselhos para quem está agora no ensino profissional ou que esteja indeciso relativamente à continuidade dos estudos?
Katia: A minha experiência atual com jovens adolescentes diz-me que existe bastante imaturidade hoje em dia. É importante haver acompanhamento por parte do Gabinete de Orientação Vocacional das escolas para que os alunos se sintam mais esclarecidos e convictos das suas decisões. É também muito importante ouvir os professores e os pais. E deixem o estigma de que o ensino profissional é apenas para os alunos menos inteligentes. Isso não é verdade.
03 / 02 / 2023